IX Festival de Apartamento (Campinas/SP) - Registro Online das Performances Apresentadas

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Os Apartment Festivals foram criados pelos neoistas nos anos 80 como uma forma de realizar eventos internacionais de Performance Art nas próprias moradias dos artistas, abrindo mão da necessidade de recorrer aos órgãos oficiais. Num processo de apropriação dessa prática, desde 2007 uma série de eventos performáticos tem sido organizada por uma equipe interessada em adaptar os Festivais de Apartamento de acordo com as necessidades de uma nova geração de artistas, ansiosos por espaços livres para apresentação de performances e intercâmbio de experiências. Basicamente, para realizar um Festival basta um local, uma intenção e pessoas interessadas em apresentar e/ou assistir a performances.

A nona edição do Festival de Apartamento foi realizada no dia 11 de Dezembro de 2010, em Barão Geraldo, Campinas/SP, Brasil, na residência do prof. Renato Ferracini.

A equipe de organização gostaria de agradecer a todos os performers que participaram do evento, bem como ao Renato Ferracini, não apenas por ceder sua casa, mas principalmente pela disponibilidade para com todas as necessidades de artistas e organizadores. Um agradecimento especial vai para Daniela Cordeiro por todos os galhos que quebrou e para nossos fotógrafos Murilo de Paula, Ludmila Castanheira e Thaíse Nardim por propiciarem esse belo registro.

E agradecemos, é claro, à tempestade que levou a energia elétrica embora, propiciando algumas horas numa outra atmosfera... com mil raios e trovões!


IX Festival de Apartamento (Campinas/SP)
Arte da Performance
11/10/2010

http://festivaldeapartamento.blogspot.com/
http://twitter.com/fest_apartament

Organização
Thaíse NardimLudmila CastanheiraRodrigo Emanoel Fernandes

Fotógrafos
Murilo de Paula
Ludmila Castanheira
Thaíse Nardim
AnfitriãoRenato Ferracini

Performances realizadas:

(Listadas por ordem de inscrição. Os textos foram selecionados pelos performers.)

ATENÇÃO: Pedimos gentilmente que as imagens veiculadas aqui não sejam reproduzidas em outros sites ou blogs sem a autorização dos respectivos artistas. E-mails e links de cada performer estão disponíveis para contato. Apesar de parecer um pedido ingênuo numa época em que imagens podem ser reproduzidas ao infinito, por vezes sem nenhuma preocupação com as pessoas fotografadas e o contexto em que suas imagens podem acabar sendo exibidas, ainda assim apelamos para o seu bom senso. Obrigado.

Stress
Dora Selva
Dora Selva & Rodrigo De
São Paulo/SP

Um corpo que não pode parar, um corpo que busca o limite: até onde posso ir dessa maneira? Como aprender a fazer algo que você não é capaz de fazer? Como aprender a permanecer na exaustão, ao invés de lutar para sair dela? Como permitir que o corpo fique?







Eu sou Delicado
André Magalhães Liza
São Paulo/SP

Consiste na Insatisfação e na instabilidade do meu ser. Descontentamento.







Ritornelo
Ludmila Castanheira
Campinas/SP

une fleur qui ressemble à mon rouge ideal

(hommage à Thiago Buoro et son Baudelaire)








Adão e Eva expulsos do paraíso
Lúcio Agra e Grasiele Sousa
São Paulo/SP

Inspirados no episódio bíblico e simbólico da queda (pecado original) a proposta sugere que o público faça o papel do anjo exterminador, isto é, o guardião das portas do paraíso.







Como consertar o corpo
Bruna Freitag
São Paulo/SP

Propor uma investigação da relação entre a forma vista com o corpo que assiste, e essas interrogações se misturarem, faz parte de uma pesquisa da performer que busca obsessivamente ver no outro as recusas ao próprio corpo. Explorar a possibilidade de a partir das relações entre os corpos presentes, descobrir os limites entre o corpo integrado e o corpo marginal.








soberba e penitência ou os sapatos vermelhos
Luísa Nóbrega
São Paulo/SP

com os olhos cobertos por tapa-olhos e sapatos vermelhos de salto apertados, a performer irá dançar até chegar a seu ponto máximo de exaustão física. a cada vez que cair no chão ou por qualquer outro motivo fizer uma pausa brusca, ela terá trinta segundos para se levantar e recomeçar a dançar







Tufos
Ricardo Alvarenga
Performer: Ricardo Alvarenga
Música: Kleiner Kaverna
Uberlândia/MG

Composição de imagens e relações autobiograficas marcadas por vertigens identitárias de um corpo socialmente branco, mas tipicamente mestiço, que sob o estigma do “cabelo ruim” descobre novas camadas relacionais ao deixá-lo crescer. A este fenótipo, soma-se traços microscópicos de uma doença étnica africana em que hemácias sob determinadas condições, tomam forma de foice e morrem.





cada mundo tem sua mosca?
Flávio Rabelo
Campinas/SP

um performer, um batom e uma filmadora numa provocação sobre o cotidiano, identidades e gêneros. Mais uma série do Projeto ,corpoestranho,




sweet-o-rama: maçã do amor
Thaíse Nardim
Palmas/TO

A performer terá os seios cobertos por uma calda doce e de cor vermelha de alta temperatura. Após a cristalização da calda, o público estará convidado a intervir sobre o corpo da performer de acordo com sua vontade, em um ambiente privado.





Trauma
Shima
Belo Horizonte/MG

performance,
caderno e fita de cetim,
20 minutos, 2010.
(1a. apresentação)








Retratista
Adriel Visotto
Belo Horizonte/MG

O vídeo é o registro de uma ação que trabalha com a categoria pictórica do retrato, propondo uma reflexão sobre a contaminação dos meios tradicionais pelas novas mídias, e trazendo questões de problemas sóciais de ordem pública através das sensações de desconforto e estranhamento.


Re-crisálidas
Murilo de Paula
São Paulo/SP

Casulos de bichos da seda, cera, insetos, palitos de fósforo são usados para criar um objeto onde o performer tenta cristalizar o tempo. A memória e a crueldade de uma brincadeira infantil são envolvidas por frágeis fios de seda.








mulher sobre torno
Ana Reis
Uberlândia/MG

uma mulher sobre um torno de cerâmica move-se constantemente envolta de si mesma, manipula objetos e cores, provoca alterações em seu rosto, amplifica e distorce sua respiração e voz. explora identidades possíveis de serem "acopladas" ao seu corpo numa recriação dos modos pelos quais ele se mostra ao outro. compondo com códigos estéticos do feminino, instaura-se um ritual/um show/um teste, que pode ser também um convite ao delírio.







E, finalmente, entreatos, convívio e celebração:
Fotos: Murilo de Paula e Ludmila Castanheira

E agradecimentos a todos que prestigiaram e colaboraram com a realização de mais um Festival de Apartamento.


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